O som da chuva batia leve contra o vidro, ritmado, constante, como se pedisse para ser ouvido.O escritório estava escuro, exceto pela luz suave da luminária, e a pasta azul estava ali, no mesmo lugar, fechada.Isabella não tocou nela, por enquanto ela só observava. Os dedos pousados sobre a aba de couro, imóveis. A respiração curta, o queixo levemente inclinado, como se esperasse uma resposta de algo que não falava.Joana tinha deixado aquilo para ela, mas com que intenção? A vida de Isabella desde que começou a descobrir aqueles segredos estava uma bagunça. Ela apertou a aba, o couro rangeu e abriu.As páginas estalaram secas, tinha algumas folhas digitadas e outras riscadas com força. Algumas palavras estavam sublinhadas e rabiscos em cantos ilegíveis, raiva? Medo? Pressa? Ela não sabia.Ela virou mais uma folha e parou, tinha um envelope marfim, mais fino no meio, sem remetente nem selo, apenas um nome escrito à mão. Henrik Vasquez.As sobrancelhas de Isabella se juntaram mais um
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