O corredor parecia mais estreito quando Isabella saiu da sala de reuniões. O salto ecoava duro no mármore, mais firme do que seus batimentos. A tensão ainda vibrava nos ossos, como se o confronto com o conselho tivesse deixado marcas invisíveis nos tendões. Ela mantinha o rosto erguido, mas dentro dela tudo estava uma completa confusão.
Roberto saiu logo atrás, o cheiro do perfume dele misturado à raiva chegou antes da voz.
“Isabella!”
Ela continuou andando, não queria parar.
“Você quer me humilhar na frente de todos agora?”
A porta da sala dela se abriu com um estalo seco, e antes que ela pudesse fechar, Roberto empurrou com força e entrou atrás, sem permissão, como um invasor em terreno sagrado.
“Você perdeu completamente a noção, foi isso mesmo?” A voz dele soou baixa, densa, e depois explodiu. “Você me afronta diante de acionistas, rasga contratos, e ainda por cima se alia a esse... moleque?”
Isabella deu um passo para trás, mas ele avançou e segurou os dois braços dela com força,