Isabella ficou parada diante da mesa, o pen drive entre os dedos como um corpo estranho. O reflexo do vidro mostrava o espaço onde Leon estivera segundos antes, um vulto de terno escuro e olhos que pareciam enxergar o que ninguém via.

Isabella inspirou fundo, tentando fazer o cérebro correr mais rápido que o coração, ela não havia entendido nada oque tinha acontecido ali.

“Quem diabos é você, Leon Morreti?”, ela murmurou baixo, sem perceber que falava em voz alta.

Ela se sentou devagar, apoiando o pen drive sobre a mesa. O metal frio do objeto parecia pulsar. O relógio digital da parede marcava 8h22. Ninguém deveria ter acesso àquele andar sem registro, então como ele havia entrado no prédio, como ele sabia que ela iria para aquele andar.

Ela pegou o telefone fixo e discou o ramal da recepção.

“Recepção, bom dia”, a voz da atendente soou leve, distraída.

“Maria, preciso que verifique uma coisa para mim, agora. Um visitante chamado Leon Morreti. Ele esteve aqui há poucos minutos.”

Hou