BABÁ DE MINHA FILHA
Rachel Millis Dickson tinha vinte e um anos e acreditava no amor como quem acredita em uma canção. Casada com Brent Bishop Dickson, um jovem advogado idealista, ela vivia uma vida simples, mas cheia de sonhos — até a noite em que a chuva levou tudo.
A caminho do hospital, prestes a dar à luz, o carro do casal é atingido por um motorista embriagado. Brent morre no acidente. Rachel sobrevive, apenas para descobrir, ao acordar em um quarto de hospital vazio, que também perdeu o bebê.
Sozinha, órfã e sem apoio da família do marido, ela é tomada pela culpa. As palavras frias da sogra — “você matou os dois” — ecoam em sua mente como uma maldição.
Enquanto luta para aceitar a nova realidade, uma enfermeira chamada Brenda Smith se aproxima, oferecendo-lhe um trabalho inesperado: ser ama de leite da filha recém-nascida de sua prima, uma mulher rica que não deseja amamentar a criança.
Sem forças para questionar, Rachel aceita. O corpo ainda produz leite; o coração, vazio, precisa de algo — ou alguém — para preencher o silêncio que ficou.
Quando chega à mansão Sumerland, ela encontra uma bebê de olhos tão familiares que o peito se contrai de um jeito inexplicável.
Cuidar daquela criança se torna mais que um emprego — é uma redenção.
O que Rachel não imagina é que o destino a colocou novamente nos braços da própria filha, roubada ainda na maternidade.