#ROMANCE#TERROR#SUSPENSE#MISTÉRIOQuem é o lobo mal? Eu ou ele? Me pergunto... ________________________________________*Inspirado em Chapéuzinho Vermelho (Versão Irmãos Grimm)"*Inspirado na série Beaut and the Beast*______________________________________Ayla, quando criança, foi atacada pela fera de Deadwood, mas por um milagre, sobreviveu... Ela não se lembra direito o que houve, mas está embarcando em um mundo cheio de lendas e puro terror. Dois Serial Killer's : A fera e o Doutor. E a temporada de caça começa para eles e os caçadores... Hora de caçar a presa mais cobiçada. Ayla Silver. _______________________________________Sou a doutora dos mortos. Existe uma metáfora para isso? Já que sigo os passos do meu "agressor", estudei no mesmo colégio, trabalho no mesmo serviço, vivo com pessoas que lembram o passado, mas sabe porquê? Não consigo superar ou seguir em frente. Vi a morte de perto e ela é assustadora, mas sabe o que não é assustador? Aprender a conviver com ela e perder o medo dela.Cuidar mais para se manter vivo, por um único motivo, lutar... Ter esperança... Buscar a felicidade mesmo sabendo que ela não está do outro lado. "*PURAMENTE FICÇÃO * CONTEÚDO INADEQUADO PARA MENORES DE 18 ANOS
Ler maisDeadwood - South Dakota - 1995
É noite de lua cheia e o céu está repleto de estrelas. Um aviso de toque de recolher foi estabelecido tem alguns dias e todas as noites temos que estar dentro de casa no horário correspondente.
Infelizmente hoje não consegui sair do trabalho no tempo certo. Meu telefone toca.
_ Alô? _ a risada do outro lado aquece meu coração.
_ Mamãe! Papai está me fazendo cócegas! _ sorrio. A voz do meu filho é a coisa mais linda que eu poderia ouvir.
_ Diga a ele que já é hora de você estar na cama! _ ouço cochichos e ele torna a cair na gargalhada.
_ Oi querida... _ a voz de Marcelo soa do outro lado.
_ Acho que não terei como ir para casa essa noite... Sinto muito. _ digo. Ouço um longo suspiro.
_ Quer que eu lhe busque? _ nego.
_ Não se preocupe! _ digo. _ E não é seguro que você saia hoje à noite... _ ouço uma longa risada. Sorrio.
_ Sabe que não tem ligação com noites de lua cheia. _ ele diz e mesmo assim me preocupo.
_ Não acho que seja uma boa idéia. Não se preocupe, irei para casa ao amanhecer. Vocês estão bem? - pergunto. - Não esqueça de alimentar o Tony. _ digo.
_ Sim querida. Estamos bem. Não se preocupe. _ ouço o barulho de algo caindo e meu coração acelera.
_ Tem certeza?! _ pergunto aturdida.
_ Não mexa aí! _ me sinto aliviada. _ Sim, estamos. Nos vemos ao amanhecer.
_ Ok... Até mais amor. _ digo e desligo. Olho em volta no escritório e me sinto solitária. Suspiro. Por conta de uma onda de assassinatos na cidade as coisas estão complicadas. As vítimas são aleatórias desde crianças a velhos, mas o que está perturbando nossa paz não é isso. Não sabemos direito como chegar ao assassino já que apenas são encontrados os ossos, cabelos, dentes, vísceras e unhas das vítimas. Tem sido perturbador. Giro a cadeira dentro da sala e volto a analisar as fotos sobre a mesa. Me sinto preocupada, pois algumas historinhas andam surgindo, especialmente por causa do teatro que está estreando uma nova peça. "O conto do Lobo Mal!" Por causa disso, o teatro se aproveitou das mortes para criar publicidade e agora as pessoas acham que a cidade está sendo invadida por lobisomens e sendo atacada. Suspiro. Minha família corre perigo por causa disso. Meu marido e meu filho e eu somos de uma linhagem sanguínea híbrida e acabamos passando de humanos a lobos em alguns momentos, controlamos as transformações com o tempo, mas dependendo da nossa saúde perdemos a capacidade de controle sobre as transformações. Emoções fortes demais também não ajudam muito. Isso nos desestabilizaria e acabaríamos nos transformando sem querer.
Claro que emoções são diferentes de sentimentos. Raiva, medo, felicidade, tristeza são emoções. Amor, desprezo, fúria, luto, ciúme, inveja, vergonha e alegria são sentimentos.
Por causa do teatro e sua invenção sem pé e nem cabeça corremos o risco de sermos mortos.
Analiso as fotos mais uma vez tentando achar alguma pista nova. Pisco em frustração. Sou perita criminal e escolhi este cargo justamente porque algumas linhagens sanguíneas costumam ser canibais. Acabo me sentindo mais e mais frustrada.
A noite começa a passar e logo alguns policiais entram apavorados dentro do escritório. Me levanto e encaro eles preocupada.
_ O que houve?! _ um deles aponta para a porta.
- Estávamos patrulhando e uma mulher foi raptada e arrastada para um beco perto do teatro. Dissemos para eles não saírem depois do toque de recolher! Seguimos os gritos apavorados, mas não encontramos ela. _ assinto.
_ Me levem até lá. Talvez tenha alguma pista nova do assassino! _ digo e eles negam veemente.
_ Não voltarei mais... _ um deles diz apavorado e o outro sussurra.
_ Acho que o pessoal do teatro tem razão... Só pode ser um lobisomem! _ bufo.
_ Isso é besteira! Lobisomens não existem! _ digo irritada. Caminho apressada para o lado de fora e desço as escadas do prédio, assim que saio olho para o céu. A noite está fria e me pergunto o porquê do medo estranho que estou sentindo. Engulo seco. Olho para trás e nenhum dos dois policiais está me acompanhando.
Ligo para outros patrulheiros.
_ Tenente Silver! _ a voz de Silver soa do outro lado, me sinto aliviada por ele atender. Somos colegas de trabalho de longas datas.
_ Silver, preciso de sua ajuda para localizar o assassino. Acabo de ser contatada que houve um ataque perto do teatro.
_ Estou indo! _ ele desliga e olho em volta, as ruas estão desertas. Esfrego os braços e aguardo Silver. Ouço gritos agudos e desesperados a distância e começo a correr em direção a ele. Silver para o carro ao meu lado. _ Sobe! Depressa. _ abro a porta e entro. Ele acelera. Cumprimento os dois policiais com ele, assim que estou perto do beco onde é o teatro desço apressada e eles me seguem acendendo as lanternas. Ouço pedaços de carne sendo rasgados e alguém mastigando. Meu coração acelera.
_ É a polícia! Você está preso! Coloque suas mãos onde... _ minha voz some. A criatura é enorme e peluda. "O que é isso?!" Ele nos encara com olhos furiosos e abre a boca rugindo em nossa direção. Não sei explicar o que vejo. É algo além da compreensão humana. Seus olhos são negros e as garras enormes. Sua arcada dentária e rosto de assemelham a um cachorro, mas ele nunca seria parte da minha linhagem. Ele anda sobre as patas traseiras e as dianteiras usa para rasgar a carne.
_ Annie! Vamos sair daqui... _ Silver pede. Engulo seco. Ele parece me reconhecer e pula tão alto que me choca. Ele sobe em cima do prédio e Silver se aproxima do corpo da vítima. Fico parada estática e um dos policiais segura meu rosto com as mãos.
_ Se acalme... Ele já foi! _ assinto. Me aproximo do corpo ainda em choque, a mulher está com a mandíbula quebrada e um dos olhos está fora da órbita, a massa cefálica cobre o chão e a seu corpo está trucidado. Seus ossos estão quebrados e franzo o cenho.
_ Não é o mesmo assassino. _ digo. Silver assente.
_ Os ossos estão quebrados, o crâneo também... Não acho que nosso assassino faria essa bagunça. _ suspiro.
_ Então o que era aquilo? _ pergunto. Nem mesmo eu tenho a resposta.
_ Seja o que for não era humano Annie. _ Silver toca meu ombro. _ Vou chamar todas as unidades. Hora de trabalhar. _ pisco perplexa.
As horas seguem e assim que o sol está quase nascendo Silver me deixa na porta de casa, saio do carro e aceno para ele, caminho para a varanda e assim que toco a porta ela range e se abre sozinha. Pisco algumas vezes sem entender. Abro a porta e meu coração acelera. "Caçadores!" Entro apressada e subo as escadas correndo.
_ Tony!? Marcelo!? _ grito apavorada. Entro correndo no quarto de Tony e não vejo ele. "O esconderijo!" Desço as escadas às pressas e entro na cozinha. Puxo o tapete do chão e ergo a porta. Encontro Tony dormindo. Abaixo a porta e volto o tapete no lugar. Começo a analisar a casa, cheiro o lugar e sinto um aroma diferente, a raiva me toma e me transformo. Olho em volta e sigo o cheiro. Subo as escadas e entro no quarto rosnando. Um caçador está sentado na cama e Marcelo está nu morto ao seu lado, provavelmente ele tentou matar o caçador, avanço sobre ele. Um barulho faz meus ouvidos zunirem e caio batendo contra piso. Minha visão escurece.
_ Adeus lobinha. _ Ele diz.
***
Noto que Annie esqueceu o celular dentro do carro e dou meia volta. Sorrio. “Será bom cumprimentar Marcelo e o pequeno Tony.” Assim que estou voltando passo por um homem com espingardas, provavelmente está indo caçar, estaciono na frente na casa de Annie e entro na casa.
_ Annie! Esqueceu seu telefone. _ grito. Olho novamente para a porta da sala e percebo que foi arrombada. _ Annie!? _ grito novamente. _ Marcelo!?_ grito mais alto. "Algo está estranho!" Subo as escadas correndo e vejo a porta do quarto deles entreaberta. _ Ó meu Deus... _ Annie e Marcelo estão nus e mortos sobre a cama. Noto que foram atingidos no peito por um único tiro. "O homem com a espingarda!?" Disco o número de um dos patrulheiros.
_ Vagner falando...
_ Busque agora na rua de Annie e ao redor por um homem vestindo roupas de caçador e espingardas nas costas! Atenção! Avise todas as viaturas para buscarem ele! Assassinaram Annie e sua família! Mande reforços para cá imediatamente!
_ Sim senhor! _ saio do quarto deles e entro no quarto de Tony. Não está. Desço as escadas.
_ Tony!? - grito. Passo pela sala e na entrada da cozinha, vejo as roupas de Annie caídas no piso, mas foco em um único objetivo: Achar Tony. Começo a procurar em cada canto da casa pela criança.
Depois de um tempo o reforço chega e Vagner entra na casa.
_ Senhor, não encontramos o homem que procurava.
_ Farei um retrato falado e vamos espalhar por toda a cidade! Quero falar com aquele homem! _ digo. _ O filho deles sumiu! _ gralho. Levo as mãos na cabeça e me sento no sofá da sala. Um dos policiais para ao meu lado.
_ Senhor... Preciso que veja algo. _ assinto. Me levanto e sigo ele. Ele puxa o tapete da cozinha e uma porta. Tony está do lado de dentro e dormindo. Pego ele nos braços e ele choraminga, acordando.
_ Sou eu, Tio Silver. _ digo. Ele irrompe em um choro desesperado e me abraça. _ Calma... Está tudo bem... _ meu coração dói.
Ele acaba de ficar órfão.
10 anos depois'Estamos ao vivo da penitenciaría de Dakota do sul, será emitido neste canal, às 21:00 horas, a execução do detento que chocou o mundo inteiro com os assassinatos a dez anos atrás na cidade de Vermillion e Deadwood - South Dakota... Como sabemos, a cinco anos atrás foi executado o doutor que colocou em prática os experimentos com humanos, transformando assim, pessoas em monstros assombrosos que antes apenas existia na ficção! Hoje, se encerra esse ciclo de assassinatos e medo, hoje, junto com vocês, vamos ver a última criação do doutor, o então assassino...'- Kate! Desligue a TV! - peço. Ela me olha e volta a encarar a TV, desliga e senta na cama do hotel.- Hoje eu tenho que me despedir dele... Eu sei que essas pessoas que vão assistir não querem o bem dele mãe... - ela diz e meu coração aperta. Acaricio seu cabelo.- O mundo, Kate, o mundo... Ele é cheio de
10 anos depois'Estamos ao vivo da penitenciaría de Dakota do sul, será emitido neste canal, às 21:00 horas, a execução do detento que chocou o mundo inteiro com os assassinatos a dez anos atrás na cidade de Vermillion e Deadwood - South Dakota... Como sabemos, a cinco anos atrás foi executado o doutor que colocou em prática os experimentos com humanos, transformando assim, pessoas em monstros assombrosos que antes apenas existia na ficção! Hoje, se encerra esse ciclo de assassinatos e medo, hoje, junto com vocês, vamos ver a última criação do doutor, o então assassino...'- Kate! Desligue a TV! - peço. Ela me olha e volta a encarar a TV, desliga e senta na cama do hotel.- Hoje eu tenho que me despedir dele... Eu sei que essas pessoas que vão assistir não querem o bem dele mãe... - ela diz e meu coração aperta. Acaricio seu cabelo.- O mundo, Kate, o mundo... Ele é cheio de
O dia amanhece e me sinto frustado.Estou terminando de revisar os corpos dos rapazes que morreram enquanto vigiavam Ayla. Reviso o último e saio da sala. Encontro Helena em meu escritório. Ela me olha e sorri.- Tony...- O que faz no meu trabalho?- Você precisa se acalmar e nos ouvir... - nego.- Não começa. - começo a guardar minhas coisas.- O que pretende fazer? - ignoro a pergunta e caminho para fora da sala.- Anthony! - ela exclama e paro no meio do corredor. Sinto meu corpo fraco, o que ela quer que eu faça? É pedir demais que eu fique parado. Me viro sentindo meu humor pela beirada.- Não... - início com a voz por um fio. - Não me peça para ficar parado enquanto vocês inutilmente procuram ela... Eu vou achar ela antes que outros encontrem e matem minha única razão para estar tentando ser mais humano e menos animal! - Helena me olha com
Sou levada para uma cabana no meio da floresta, metade é em cima da árvore. Subimos e ele me coloca deitada em uma maca gelada. Um homem novo me encara e sorri. - Oi. Sou médico e vou cuidar dos seus ferimentos está bem? Vou te dar anestesia para a dor passar. - ele diz e pega uma seringa. Choramingo. Brenner segura minha mão.- Não vai doer, ele é cuidadoso. - ele diz. O médico aplica a injeção e sinto sono. Muito sono. Adormeço.Acordo sentindo minha boca dormente e todo meu corpo anestesiado. A sensação é muito real. Estou no carro e com a cabeça sobre o colo de alguém. Me lembro do sequestro e me pego encarando o caçador. Ele sorri.- Acordou. - pisco vezes seguidas. - Creio que lembrou do causador de algumas de suas cicatrizes... Sabe como eu sei? Ele achou que tinha me matado, mas não matou, matou apenas meu amigo. Ele não estava completamente transformado, estava atrás de voc
Sou levada para uma cabana no meio da floresta, metade é em cima da árvore. Subimos e ele me coloca deitada em uma maca gelada. Um homem novo me encara e sorri. - Oi. Sou médico e vou cuidar dos seus ferimentos está bem? Vou te dar anestesia para a dor passar. - ele diz e pega uma seringa. Choramingo. Brenner segura minha mão.- Não vai doer, ele é cuidadoso. - ele diz. O médico aplica a injeção e sinto sono. Muito sono. Adormeço.Acordo sentindo minha boca dormente e todo meu corpo anestesiado. A sensação é muito real. Estou no carro e com a cabeça sobre o colo de alguém. Me lembro do sequestro e me pego encarando o caçador. Ele sorri.- Acordou. - pisco vezes seguidas. - Creio que lembrou do causador de algumas de suas cicatrizes... Sabe como eu sei? Ele achou que tinha me matado, mas não matou, matou apenas meu amigo. Ele não estava completamente transformado, estava atrás de voc
Respiro fundo.- Obrigada doutor... - seguro a mão dele e saio da sala. Assim que piso na recepção, olho para Anthony e os rapazes que estão cuidando de mim. Tony está com a cabeça baixa e sentando de modo desajeitado, com as mãos nos bolsos e pernas cruzadas. Me aproximou dele e ganho sua atenção. Sorrio com o coração na mão. - Farei acompanhamento com o doutor e tentarei primeiro a terapia... Se não der certo, vou começar com os ansiolíticos e antidepressivos... - ele sorri e se levanta.- Isso tudo não vai melhorar rápido, mas você vai aos poucos conseguir sair dessa. - olho para ele e sorrio. " Eu te amo... "- Obrigada Anthony... - digo e ele suspira.- Fiz acompanhamento durante dois anos depois que me mudei da sua casa na época... - ele diz e arqueio as sobrancelhas. "Eu não sabia..." Ele beija o topo da minha cabeça. - O mundo é cruel Ayla... Todos nós precisamos aceitar que, às vezes, precisamos de ajuda. - me sinto de certa forma, reconfortada
Último capítulo