A campainha tocou às 7h da manhã, quebrando o silêncio do pequeno apartamento onde Helena, exausta, havia adormecido sobre uma pilha de anotações. Os olhos se abriram de súbito, ainda confusos. A luz da manhã entrava pelas frestas da janela como uma lâmina afiada. O coração dela acelerou.
Ela se aproximou da porta em silêncio, espiando pelo olho mágico.Era o delegado Vasquez.Abriu.— Espero não estar atrapalhando... — disse ele, já com o semblante sério.— Quando a polícia bate à minha porta sem avisar, nunca é um bom sinal.Ele entrou. Tirou do envelope alguns papéis grampeados, jogando-os sobre a mesa desorganizada de Helena. Fotos em preto e branco. Prints. Relatórios.— São conexões que não conseguimos fechar sozinhos. Mas você pode.Helena olhou as imagens. Reconheceu rostos. Datas. Nomes. Lugares.Nicole.Eduardo.E, no canto, uma câmera de segurança mostrando Lucky entrando nu