SINOPSE Ao longos dos anos Lucas um policial temido e respeitado. Volta a sua antiga cidade, para comeca a comandar um quartel . O passado do Lucas foi de festa até que nesse caminho ele encontra Sabrina. Que começa a ficarem, e logo Sabrina engravida. Não querendo ter, Lucas convencer ela a ter a bebê. Nunca assumiu mulher, Sofia sua filha, onde hoje ele tem a guarda. Mora com seus pais Lucas viajou muito tempo, perdeu 5 anos da vida de Sofia. Ele retornara a cidade, e encontraram Clara a babá que tem o amor, carinho e admiração de sua filha e de seus pais.
Ler maisCapítulo 1 ) O Passado e o Presente
Lucas narrando Sou Lucas, tenho 32 anos, 1,90m de altura, forte, tatuado, e carrego comigo anos de experiência na polícia. Sou tenente e estou de volta à minha cidade para comandar o quartel. Mas essa não é a única razão pela qual estou aqui.Sofia, Minha filha. Quando soube que Sabrina estava grávida, foi um choque. Eu não queria ser pai tão novo. Minha vida era fardada, cheia de missões e responsabilidades. Mas quando ela me disse que não teria o bebê, fiz de tudo para que Sofia viesse ao mundo. E hoje, a guarda dela é minha. Mas isso não significa que fui o pai presente que deveria ser. Cinco anos fora. Cinco anos longe. E agora, de volta, percebo que outra pessoa ocupou o espaço que deveria ser meu, Clara a babá que sempre esteve ao lado da minha filha. ( ... ) Voltar para casa nunca esteve nos meus planos. Depois de anos vivendo longe, construindo minha carreira e tentando escapar das amarras da minha família, aqui estou eu, estacionando meu carro na frente da mansão dos meus pais. A casa é a mesma de sempre—grande, impecável, Tudo aqui parece intocável, exceto por um detalhe que muda tudo minha filha Sofia agora mora aqui. Desço do carro e inspiro fundo antes de tocar a campainha. Marta, minha mãe, atende a porta com um sorriso contido. — Filho… — Oi, mãe. Ela me encara por um momento antes de me puxar para um abraço rápido, como se quisesse garantir que estou realmente aqui. Não perco tempo com conversa fiada. — Onde está Sofia? Marta suspira. — No jardim, com Clara. Franzo a testa. Já ouvi falar dessa garota. Minha mãe mencionou que ela cuida de Sofia desde que era bebê, mas nunca me importei em saber mais. No entanto, algo na forma como minha mãe diz o nome dela me deixa curioso. — Clara? — A babá — ela explica. — Sofia é muito apegada a ela. Atravesso a casa e vou até o jardim. De longe, vejo uma jovem sentada na grama, com Sofia no colo. Minha filha gargalha enquanto Clara conta algo com empolgação. O som da risada de Sofia é raro—não me lembro da última vez que a ouvi assim. Paro a poucos passos das duas, observando a cena. Clara é jovem, muito mais jovem do que imaginei. Tem traços delicados, um sorriso doce e olhos cheios de ternura ao olhar para minha filha. — Papai! — Sofia grita ao me ver, se soltando do colo da babá e correndo até mim. Abaixo-me para segurá-la, sentindo seus bracinhos se apertarem ao meu redor. Ela ainda tem o mesmo cheiro de quando era um bebê. — Ei, pequena. Que saudade. — Pensei que nunca mais ia voltar… — Sua voz tem um toque de tristeza, e isso me incomoda mais do que deveria. Levanto o olhar para Clara, que agora está de pé, observando-nos em silêncio. Ela parece hesitante, como se não soubesse se deve se aproximar ou se afastar. — Você deve ser Clara — digo, ainda segurando Sofia. — Sim, senhor — ela responde com a voz baixa. — Só Lucas — corrijo. — Obrigado por cuidar da minha filha. Clara sorri de leve, mas não responde. Em vez disso, desvia o olhar para Sofia, como se estivesse checando se ela está bem. E naquele instante, percebo algo estranho. O jeito como Clara olha para minha filha, a forma como Sofia se agarra a ela… É diferente. Há mais afeto ali do que entre Sofia e minha própria mãe. Mais carinho do que o que a mãe biológica dela já demonstrou. E isso me incomoda muito....Capítulo 7 )Clara narrando Meu coração está disparado.Minha mente ainda tenta entender o que acabou de acontecer, mas meu corpo… Meu corpo ainda sente o toque dele, o gosto do beijo que eu nunca deveria ter permitido.Lucas me olha fixamente, sem nem disfarçar o desejo nos olhos.— Só se for por você — ele diz, e meu estômago se revira.Não. Isso não pode estar acontecendo.Dou um passo para trás, tentando criar distância, tentando recuperar o ar.— Isso… Isso não pode acontecer de novo — digo, tentando soar firme.Mas minha voz me trai. Sai fraca.Ele percebe.E isso só piora tudo.— Por quê? — ele pergunta, avançando um passo.Meus olhos se fecham por um segundo.Porque eu trabalho aqui.Porque ele é meu patrão.Porque ele é o pai da Sofia.Porque isso é errado.Abro os olhos e encaro ele de novo.— Porque eu não sou uma das mulheres com quem você brinca, Lucas.A expressão dele muda. Algo passa por seus olhos, algo que eu não consigo decifrar.Mas eu não espero uma resposta.Eu
Capítulo 6Lucas narrando As palavras dela ainda estão ecoando na minha cabeça.Cada frase que Clara jogou na minha cara veio como um soco bem dado. Ela não hesitou, não recuou, e o pior… estava certa.O orgulho grita dentro de mim, querendo revidar, mas uma parte minha sabe que ela não disse nenhuma mentira.Eu respiro fundo, tentando manter o controle.— Eu não vou decepcionar minha filha — digo, e é a única coisa que tenho certeza nesse momento.Mas Clara não recua.— Ótimo. Então não comece tentando tirar de mim o único papel que sempre foi meu.Meu olhar prende o dela. Ela acha que eu quero apagar o que ela fez? Não. Mas eu não posso permitir que minha filha a veja como mãe.Isso mexe comigo de um jeito que eu não sei explicar.Dou um passo à frente, diminuindo a distância entre nós.— Você se apegou demais a algo que nunca foi seu, Clara.Ela solta um riso baixo, cruzando os braços.— Você realmente acha que amor é posse, Lucas? Que só porque você voltou agora, pode decidir o q
Capítulo 5 )Clara narrando A conversa com Lucas foi direta.Passei a noite pensando em cada palavra dita, no jeito que ele me olhou, na forma como tentou me colocar no meu lugar.Mas eu não vou baixar a cabeça.Fui eu quem cuidou da Sofia.Fui eu quem deu amor, quem enxugou suas lágrimas, quem a fez dormir nos dias difíceis. Eu que a protejo, que a acolho.E nada do que Lucas diga vai mudar isso.Respiro fundo ao acordar, fazendo minha higiene matinal antes de trocar de roupa. Pego meu conjunto de babá — a farda que sempre usei, a que simboliza o papel que dizem que eu ocupo nesta casa.Mas Sofia sabe.E eu também.Vou até o quarto dela e, como sempre, ela já está acordada, me esperando com um sorriso lindo.— Bom dia, minha pequena — digo, beijando sua testa.Ela sorri e me abraça apertado.— Bom dia, mamãe do coração!Fecho os olhos por um segundo, absorvendo esse carinho que ninguém pode tirar de mim.Cuido de cada detalhe. Arrumo seu cabelo, coloco seu fardamento, ajeito sua bol
Capítulo 4 )Marta narrando Sou Marta, tenho 51 anos, mas dizem que pareço mais nova. Sou mãe de três filhos que me enchem de orgulho.Lucas, meu primogênito, tenente da polícia. Sempre tão fechado, tão sério, mas com um coração que eu sei que é bom.Luana, minha filha do meio, médica dedicada, determinada e generosa.E Luan, meu caçula, estudante de direito, que ainda tem tanto para aprender sobre a vida, mas que já carrega a responsabilidade no olhar.Sou casada com o melhor homem que poderia ter ao meu lado, Augusto. E tenho minha neta maravilhosa, Sofia, a menina que ilumina essa casa.E então, tem Clara.A jovem que entrou em nossas vidas há cinco anos e que se tornou parte da nossa família.Linda, não apenas no rosto, mas na alma. Com sua pureza, sua delicadeza, seu jeito de amar Sofia como se fosse dela.Amo Clara como uma filha.E por isso, noto quando algo está errado.Na mesa do café da manhã, espero que ela se sente, como faz todos os dias. Mas, em vez disso, apenas coloca
Capítulo 3 )Lucas narrando Encostado na parede do corredor, cruzo os braços e fico ali, ouvindo Clara conversar com Sofia no quarto.Gosto disso.Gosto da calma na voz dela, da forma como fala com minha filha, da maneira como Sofia se sente segura com ela.Mas não posso deixar essa menina pensar que é mãe da minha filha.Sofia é minha.E eu estou de volta.Depois de alguns minutos, Clara sai do quarto em silêncio, fechando a porta com cuidado. Mas, antes que ela possa se afastar, minha voz a interrompe.— Clara.Ela para, se virando para mim com uma expressão cautelosa.— Me acompanhe até o escritório. Precisamos conversar.Vejo a hesitação em seu olhar, mas ela concorda com um aceno discreto.Desço as escadas primeiro, ouvindo seus passos leves atrás de mim. Quando entramos no escritório, fecho a porta e encaro a jovem à minha frente.— Senta.Ela obedece, mantendo a postura firme. Gosto disso também. Mas não vou deixar que ela confunda as coisas.Caminho até a mesa, apoiando as mã
Capítulo 2 )Clara narrando Sou Clara, tenho 24 anos, 1,53m de altura, cabelos pretos e pele branca. Perdi meus pais muito jovem e precisei aprender a me virar sozinha. Minha vida nunca foi fácil, mas encontrei em dona Marta um porto seguro. Tenho por ela um amor incondicional.Quando comecei a trabalhar na loja de roupas da família, achei que estava fazendo o certo. Mas não era aquilo que me fazia feliz. Meu coração sempre pertenceu às crianças.E então, conheci Sofia.Cinco anos atrás, uma bebê pequena, indefesa e carente de amor. Desde o primeiro instante, meu coração foi dela. E, desde então, faço tudo por aquela menina.Agora, vejo Lucas pela primeira vez. Ele a observa de longe, tentando decifrar algo. Seu olhar é firme, avaliador. Ele é alto, forte, tem um jeito sério que me intimida um pouco.Mas não me afasto.Eu nunca me afasto de Sofia.— Quero conversar com você depois — ele diz, sua voz grave e cheia de autoridade e arrogância. Engulo em seco, sem entender o motivo da t
Último capítulo