A noite estava densa, carregada de presságios sombrios. O brilho pálido da lua banhava as ruínas do templo enquanto Kael observava Malthus recuperar o fôlego. O mago tremia ligeiramente, seus olhos fixos em algo que apenas ele parecia enxergar.
Lírica, ao lado de Kael, mantinha a mão firme na empunhadura da espada. A energia ao redor deles vibrava, carregada de uma força arcana que ameaçava se romper a qualquer momento.
— Precisamos agir agora — disse Malthus, sua voz rouca. — Se esperarmos mais, eles atravessarão completamente para o nosso mundo, e não teremos forças para detê-los.
Kael cerrou os punhos. A lembrança do exército das sombras atravessando o véu era um pesadelo que ele não queria tornar real. Ele olhou para Lírica, que assentiu, seu olhar resoluto.
— O que precisamos fazer? — perguntou a alfa.
Malthus apontou para o centro do templo, onde um círculo de pedras antigas jazia coberto de musgo. Gravuras ancestrais brilhavam fracamente, como se respondessem à presença deles.