A presença sombria se dissipou na noite, mas o peso da ameaça permanecia. Kael sentia os instintos gritando dentro dele, um aviso silencioso de que algo pior estava por vir. Ele olhou para Malthus, que mantinha o cajado erguido, ainda murmurando encantamentos de proteção.
Lírica deu um passo para frente, os olhos fixos na escuridão entre as árvores.
— Eles estão vindo. — Sua voz era baixa, quase um sussurro.
Kael a observou. Mesmo tentando esconder, ele via o peso da incerteza em sua expressão. Ele se aproximou e pegou sua mão.
— Vamos sair daqui. Precisamos planejar o próximo passo.
Lírica não protestou, o que só reforçou a gravidade da situação. Malthus assentiu e começou a guiá-los para um refúgio seguro, um antigo templo abandonado na colina mais próxima. Enquanto caminhavam, Kael sentiu o coração apertar. Ele sabia que essa batalha não terminaria sem sacríficios.
O Refúgio Sombrio
O templo era um amontoado de ruínas, com colunas quebradas e musgo cobrindo o chão de pedra. O lugar