O tempo parecia se esvair como areia entre os dedos de Kael. O vento frio cortava sua pele enquanto o templo vibrava com a energia do ritual. Malthus estava ajoelhado no centro do círculo de runas, o cajado brilhando intensamente, enquanto as sombras ao redor dançavam e rugiam, tentando penetrar a barreira mágica que ainda resistia.
Lírica mantinha sua posição ao lado de Kael, a respiração pesada após a batalha. Os olhos dela estavam fixos nele, lendo seus pensamentos antes mesmo que ele os expressasse em palavras. A tensão entre os dois era palpável. Ambos sabiam que o tempo estava acabando.
— Não há outra escolha — disse Kael, sua voz grave e carregada de emoção.
Lírica avançou um passo, agarrando seu braço com força. — Não diga isso. Nós sempre encontramos um jeito.
Ele segurou o rosto dela com ambas as mãos, os polegares acariciando sua pele quente. — Eu não posso te perder, Lírica. Se houver uma chance de salvar você e nosso povo, eu vou tomá-la.
Os olhos de Lírica brilharam com