Capítulo 63 – Ecos do Passado
O vento frio soprava pelo cemitério, espalhando folhas secas pelo caminho de pedras. Helena caminhava ao lado de Miguel, o braço enlaçado no dele, como se temesse que a qualquer instante o mundo desmoronasse ao seu redor. O silêncio que pairava ali não era apenas o silêncio da morte, mas o silêncio carregado de segredos que pareciam insistir em persegui-los.
O túmulo de Daniel surgia diante deles, simples, mas imponente, com a pedra fria marcada pelo nome que trazia tantas lembranças e tantas perguntas. Helena parou por um momento, olhando fixamente para aquela lápide. Os olhos marejaram.
— Daniel… — murmurou, a voz trêmula, quase um sussurro levado pelo vento.
Miguel apertou de leve a mão dela, tentando transmitir força, ainda que ele próprio sentisse um aperto no peito. Daniel tinha sido mais do que um amigo para Helena; era um pedaço de sua história, e agora parecia que sua morte guardava respostas que eles ainda não tinham.
— Estamos aqui, Helena. — d