Glauco permaneceu em silêncio por alguns segundos. Então, aproximou o rosto do dela queria dizer que não era, mas era, ele sabia disso em um ano daria a ela sua liberdade.
— A última coisa que eu quero é te confundir. Disse, com honestidade, nem ele sabia ao certo o que estava sentindo, mas havia prometido deixá-la ir.
O tempo parou ali, no silêncio que veio depois, o tipo de silêncio que não separa. Aproxima.
Amália o empurrou de leve.
Ele deixou que ela saísse, mas permaneceu onde estava, com um misto de sentimentos se acumulando no peito. Medo. Inquietação. E um aperto estranho, denso, que se instalava sem pedir permissão.
Amália vestiu-se rapidamente. Saiu do quarto sem olhar para trás, deixando a porta aberta.
Ao descer as escadas, parou, só então se tocou que não tinha para onde ir.
Nem o quarto no porão existia mais.
Caminhou apressada até a porta de saída, os passos ecoando em ritmo descompassado, quase urgente.
Mas, antes que pudesse alcançá-la:
— Não! Glauco a advertiu. — O