O telefone tocava sem parar enquanto Isabele caminhava de um lado para o outro no pequeno apartamento. O peso da conversa com Davi ainda estava em seu peito, e ela sabia que precisava desabafar. Precisava ouvir sua mãe, mesmo que isso não trouxesse a solução imediata para seus problemas.
— Alô? — A voz de Angélica soou cansada do outro lado da linha.
— Mãe... — A voz de Isabele falhou por um instante. Ela fechou os olhos, tentando conter as lágrimas.
— Eu não sei mais o que fazer com o Davi.
— O que aconteceu, filha?
— Ele está revoltado, mãe. Não quer ir para a escola, não quer me ouvir, não aceita nossa nova vida aqui. Ele me culpa por ter tirado o pai dele, diz que eu estraguei tudo... Ele até me disse que me odeia. — A última frase saiu como um sussurro doloroso.
Angélica suspirou pesadamente.
— Ele é só uma criança, Isa. Está magoado, confuso. Você sabe o quanto Davi sempre sonhou em ter um pai. Quando finalmente teve isso, você teve que ir embora o afastando do pai que e