O silêncio era tão denso que podia ser cortado com uma faca. Ângelo e eu, finalmente sós, mas a solidão entre nós era palpável. Não consegui conter, o nó na garganta se desfez em soluços descontrolados. Era um choro que vinha da alma, carregado de tudo que eu havia guardado.
E ele? Agiu exatamente como eu esperava. Sem uma palavra, sem um toque, simplesmente se virou e foi embora. E eu fiquei ali, no meio daquele silêncio, afogada em minhas próprias lágrimas.
As horas se arrastaram, cada minuto uma eternidade. Quando o choro finalmente cessou, e meus olhos ardiam, a pergunta ecoou na minha mente: por quê? Por que essa dor lancinante?
Deveria estar feliz, porque enfim poderia viver a minha vida , Livre! A vida que eu sempre quis, de volta às minhas mãos. Mas a verdade é que a felicidade era uma miragem distante. Havia um vazio, um buraco profundo que nada parecia preencher. Por que não consigo me sentir feliz? Por que essa tristeza insiste em me acompanhar?
As horas seguintes se este