Serena
A semana passou rápido, como se o tempo tivesse decidido acelerar só para nos deixar ali, presos naquele espaço que parecia existir só para nós dois.
Não era um romance tradicional. Não tinha nome, nem promessas gravadas no papel. Era um sentimento que crescia devagar, silencioso, quase tímido, entre gestos simples e olhares que diziam tudo o que as palavras não conseguiam.
Giovanni fazia de tudo para provar que merecia. Não com grandes declarações, mas com pequenos atos — o café da manhã que nunca faltava, a mão que segurava a minha quando eu precisava, o jeito dele sempre presente, mesmo quando o silêncio tomava conta.
Ele estava aprendendo a ficar.
E eu, aprendendo a acreditar que talvez, só talvez, fosse seguro me entregar.
Não sei o que o futuro nos reserva.
Só sei que, naquele momento, a gente escolhia ficar.
Mesmo que em silêncio. Mesmo sem garantias.
Porque às vezes, o amor não precisa ser gritado.
Às vezes, ele só precisa ser vivido.
O sol entrava com força pelas janel