Capítulo 22
Lucia Bianchi
Ele entrou comigo no quarto e bateu a porta com tanta força que o barulho me fez estremecer. Antes que eu pudesse reagir, fui empurrada contra a cama, o corpo afundando no colchão com violência.
— Eu não quero ver nada plantado naquele jardim! — a voz dele cortava como lâmina.
— Se eu vou morar nessa casa, também é minha! — levantei na mesma hora, ajeitando o vestido amassado e o encarando de frente. — E eu gosto de plantar flores. Qual o seu problema?
Ele avançou dois passos, o corpo duro como pedra.
— O problema é que eu não gosto. Eu projetei essa casa e eu escolhi o gramado vazio. O problema é que você não me consultou. É suficiente Lucia?
Meu peito subia e descia rápido. A raiva me dava coragem.
— Ah, me poupe! Você não tem algo pra resolver? Alguma coisa mais importante pra se preocupar e me deixar em paz?
— No, io no tenho! — ele rugiu, o rosto tão perto que senti o hálito quente. — E exijo que minha vontade seja obedecida. Se io digo