Sempre odiei essa ideia de comprar uma prostituta, mas perdi uma aposta com meu parceiro mais próximo e to nessa porra de cabaré.
Pouco me importa quem vou comprar. Qualquer uma já serve, tenho coisas mais importantes para me preocupar. Ser dono de uma máfia é uma porra de dor de cabeça atrás de dor de cabeça. Ultimamente um filho da puta anda tentando pegar meu lugar. Eu sei que é Vinicius Parmet, o sonho dele é me matar pra pegar meu lugar, quando descobrir onde esse pau no cu está escondido eu vou torturar até ele implorar pela própria morte. Entrei nesse lugar que só fedia a drogas e sexo, como ja era de se imaginar, vários homens de classes altas que se acham os pau de ouro estão aqui. Hoje tinha 6 garotas e era incrível — ironicamente falando — como elas se derretiam com os olhares, são umas putas mesmo, me dava repulsa, mulheres só dão dor de cabeça. Claro que como homem tenho minhas necessidades, mas qualquer uma serve pra fuder e jogar fora. Fora que tem aquela vadia da Aline, não larga do meu pé achando que um dia vai se casar comigo. Casamento é algo que não quero nem por um caralho, ter ponto fraco é a pior coisa para um homem como eu. Não vou dar esse gostinho pra essa vida de merda usar contra mim. Mas aproveitava pra me satisfazer algumas vezes. O tempo passou e eu só pensava em quanto aquilo era tedioso. Até que eu a vi.. Uma garota que parecia ter uns 23 anos ou até menos, seus cabelos eram um ruivo meio escuro, ondulados e brilhantes, seu corpo atraiu meu olhar e não pude deixar de notar que vestia um vestido curto e quase totalmente transparente, mas não o suficiente para ver tudo o que estava por debaixo o que me deixou mais atraído. — Porque aquela está vestida, Silver? — Perguntei ao homem que já conhecia a um bom tempo e o vi abrir um sorriso vitorioso e dizer que ela era especial, intocável, virgem. Entendi a jogada dele com essa roupa para despertar a curiosidade. Quando disse que ficaria com ela, vi aquele cara que não saia de perto das pernas dela se aproximar do Silver que dizer que ficaria com ela. Ele se alterou quando soube que já havia comprado ela e eu sem paciência tirei minha arma da cintura e atirei em sua coxa, o mesmo caiu grunhindo de dor e olhei para ela, aqueles olhos... Aquele lindos olhos cor de âmbar estavam olhando não com medo e sim com satisfação de vê-lo daquela forma, aquilo me fez dar um sorriso de canto. Ela me instiga, mas não posso nem pensar em deixar isso me levar, eu deveria ter voltado atrás, mas não fiz, quando aquele olhos cruzou com os meus eu pude sentir o corpo dela tremer, eu via o desespero nos olhos dela. Queria ela e vou ter ela. Mandei o Enri pagar por ela e levar ela para o carro quando jogou ela dentro do carro eu olhei para trás e só conseguia pensar na beleza que ela possuía, puta que pariu, em que merda que eu fui me meter dessa vez? Chegamos finalmente na minha mansão, vi Enri abrir a porta de trás do carro assim que eu saí e vi o olhar de malícia sobre ela, sabia que ele iria querer usá-la, mas ela era minha. Ele pegou ela de qualquer jeito e jogou no ombro e ela ainda estava desacordada. Antes dele começar a andar eu o chamei: — Enri — ele parou e virou esperando eu terminar de falar. — Não é para encostar nela com outras intenções, estamos entendidos? — Vi ele franzir o cenho e o encarei friamente fazendo ele aliviar a feição antes de assentir com a cabeça e voltar a andar. Assim que entramos vi aquela puta da Aline gritando com Vânia. Respirei fundo para não me alterar e dar na cara dela. Vânia era como uma mãe para mim, odiava ver alguém gritando ou a tratando mal mas não podia demonstrar muito isso para não tentarem usá-la contra mim. — Aline, posso saber o porquê dessa gritaria? — Eu disse olhando com desgosto, e a mesma abriu um sorriso cínico e malicioso quando me viu, o mesmo sorriso morreu quando olhou para meu lado vendo Enri que carregava aquela garota. — Não acredito que você realmente comprou uma putinha, meu dengo. Ela disse manhosa vindo na minha direção e eu revirei os olhos colocando uma mão no meu rosto tentando me acalmar, senti ela tocar no meu peito e olhei pra ela com desdém. — Não precisa dela, meu gostoso, você já tem a mim lembra? — Ela disse passando a mão no meu peito e eu afastei. — Aline, você é tão puta quanto ela, já disse que não quero você entrando aqui quando quiser. Então vá embora e outra coisa... Pense duas vezes antes de tratar meus empregados do jeito que tratou, você não é ninguém aqui, entendeu? — disse olhando para seus olhos e vi a raiva transbordar ela, bufou e jogou seus cabelos para trás andando rápido e saindo da minha casa. Respirei fundo novamente e chamei Vânia que veio imediatamente. Vânia cuida da casa e dos empregados em geral, é uma senhora de 51 anos, branca, cabelos grisalhos e um pouco gordinha, era amável e cuidava de mim como se eu fosse seu filho. Desde que salvei ela de um homem que a estuprava, ela ficou comigo, ela sabe de tudo, então disfarça na frente de todos quando se trata de mim. — Sim senhor, o que deseja? — Ela perguntou me olhando com ternura. — Vou mandar Enri deixar a garota no quarto ao lado do meu, certifique-se de estar lá para quando ela acordar e explicar as coisas. Disse sem enrolação e a mesma concordou. Subi junto com o Enri e entrei no meu quarto, estava exausto, só queria tomar banho e dormir. Não conseguia parar de pensar nela, a beleza daquela garota me atraía como nunca senti, o olhar dela, seus cabelos, aqueles olhos brilhando de satisfação vendo aquele cara sofrer de dor. Com certeza eu a teria totalmente para mim,de todas as formas. Deitei em minha cama só com minha cueca e fiquei olhando pro teto pensando em tudo em minha volta.