Acordo em um pulo sentindo uma mão em meu rosto e vejo ele. O monstro. Me encolho no canto da minha cama esperando o que quer que ele veio fazer. Ele parece me analisar com um olhar... Triste? Impossível ser um olhar de tristeza. Talvez eu esteja delirando, um ser como ele não sente isso, tenho certeza. Comecei a pensar em tudo o que ele me fez, um misto de raiva, ódio e dor me consome. — O que vai fazer comigo? Perguntei de forma impulsiva e me arrependi, ele odiava que eu falasse sem sua permissão, menos quando era para pedir perdão. Mas no fundo eu não ligava mais. Eu o odiava e mesmo se me matasse, estaria me libertando. — Você sempre desobedecendo, garotinha. Ele dá um sorriso de lado e fala com um tom malicioso que me embrulha o estômago, quando ele tenta tocar meu rosto eu no reflexo bato na sua mão e seu sorriso some, seu olhar escurece mas eu não ligo. Levantou a mão para me bater, mas ela parece travar no ar, logo abaixando devagar enquanto o mesmo respira fundo fech

O dia chegou, Silver continua me drogando o suficiente para eu não ter forças para tentar fugir, mas consigo manter minha consciência, consigo me mexer mesmo com meu corpo pesado, consigo me manter de pé, como estou agora nua de frente a um homem que pelo o que eu ouvi é um médico. Ele analisa meu corpo todo, meu corpo não é nada demais, tenho quadris um pouco largos, minha cintura é fina mas não muito, meus braços são magros, minhas coxas grossas e tenho uma bunda grande que Lívia adora dizer que tem inveja, não vejo nada demais mas ela sim. Sou bem branca por falta de sol então dá pra ver todas as marcas em meu corpo. — Essas marcas vão atrapalhar, mas dá pra esconder. — O tal médico diz ainda me avaliando — Os seios dela são perfeitos, tamanho perfeitos e totalmente alinhados. Ela é realmente virgem então será de alto valor para vocês. A saúde sexual está impecável, todos os exames deram limpo, então está tudo certo com ela. Tirando essa cara de morta viva, seria bom sorrir um po

Minha vida nunca foi fácil, essa máfia eu herdei de meu pai, meu pai era um homem cruel, mas eu não ligava, fui criado para não ligar para nada, não sentir. Mas uma pessoa me fazia sentir e era minha mãe, eu amava puramente mesmo sendo criado para ser frio e não amar nem mesmo minha família. Ela se suicidou, lembro claramente quando eu voltei de uma missão com meu pai e fui procurar minha mãe para contar tudo o que aconteceu como sempre fiz. A encontrei no quarto, enforcada, roxa e meus olhos escureceram para a vida desde então. Meu pai além de um pai ruim era um marido cruel, violentou minha mãe e eu sempre ouvia, eu sei que ela sofreu, mas ela era a única que me fazia sentir vivo. Quando a perdi me tornei igual meu pai, eu mesmo o matei e herdei essa porra toda para mim, desde então não deixo nenhuma fraqueza de sentimento me atingir e nunca deixarei. Com esses pensamentos eu peguei no sono pensando em toda minha história até aqui. Acordei e como sempre fiz minha rotina, vesti

Depois de um longo tempo trancado naquele escritório perdido em meio a tanta merda pra resolver, Vânia vem me falar sobre a garota, disse que ela é uma menina muito meiga mas assustada. Não me interessei por nada do que ela falava em si, não me importa nada sobre os sentimentos daquela garota, mas de qualquer forma o olhar de Vânia passava um carinho quando falava dela, era raro ver ela assim com outra pessoa e isso me deixou mais curioso. Fiquei pensando durante um tempo sobre tudo isso, pegar ela por impulso foi uma idiotice sem tamanho, mas já que ela está aqui precisa saber das minhas regras, não quero uma pessoa qualquer bagunçando minha casa. Então decidi ir vê-la para esclarecer algumas coisas antes que ela fique folgada demais e eu tenha mais estresse. Quando abri a porta e a vi sentada comendo o que parecia ser o último pedaço de croissant, não pude deixar de reparar na felicidade em seu rosto, como se nunca tivesse comido tão bem assim e isso me fez ter mais perguntas so

Amanheceu e eu ainda continuo pensando ontem a noite, não conseguia tirar aquela sensação... O toque dele em meu rosto, seus lábios colados nos meus, meu corpo esquenta e se arrepia só de lembrar. Não entendo nada disso, meu corpo não deveria agir assim, mas não consigo evitar tudo isso. Não consigo sair do quarto, se eu o ver não sei como vou reagir. Então apenas levanto e decido tomar um banho quente demorado e assim fiz. Sai enrolada na toalha e tomei um susto quando vi aquele homem que me causava todas essas sensações confusas. Seu olhar percorreu todo o meu corpo e senti o mesmo ficar quente novamente. — Só vim avisar que iremos sair daqui a 20 minutos, esteja pronta lá embaixo. Ele diz, sua voz parecia mais rouca do que o normal e eu me arrepiei, assenti com a cabeça e quando ele saiu eu soltei uma respiração pesada. Será que eu consigo conviver assim com ele? Ele não sentiu nada me vendo assim? Pera, que tipo de pensamento é esse? Droga, estou sendo idiota pensando essas