Encontrei senhor Artur já acordado, sentado na varanda.
O sol batia de leve no rosto dele, e quando me aproximei, esperava que ele me perguntasse, como de costume, se eu já tinha feito meu dever de casa
Mas não…
Ele virou a cabeça devagar, fixou os olhos em mim e sorriu de um jeito diferente.
Digamos que quase Reconhecedor…
_Christine… -disse meu nome com firmeza, sem tropeçar nas letras. _Minha menina… Você está mesmo aqui, andou dormindo por dias?
Meu coração disparou e por um segundo, fiquei imóvel ainda na vontade de correr pra ele e agradecer por se lembrar de mim , mas me contive
_Sim, senhor Artur. Estou aqui!
Ele segurou minha mão com força, e com os olhos brilhando.
Eu achei que era sonho… que tudo aquilo fosse ilusão,mas Ele respirou fundo, ajeitou-se na cadeira.
_Eu lembro de você, lembro do Enzo… mas…-a voz dele vacilou. _Os últimos dias… não estão aqui.
Senti uma sensação estranha
Ele lembrava de nós, mas não de quando viveu como uma criança na