Meu avô continuava imóvel, com o olhar perdido pela janela como se estivesse descansando de nós por enquanto
Mas não era descaso… sono…. Era algo muito pior
Ele não reconhecia Christine, não reconhecia a doçura da menina que o havia conquistado tão rápido.
_Maria Christine… -sussurrei, passando os dedos pelo rosto dela. _Ele ainda está aqui, tá? Ele vai passar por isso, tá?
Ela apenas assentiu, mordendo o lábio inferior para conter o choro.
O silêncio entre nós era denso, pesado, como se a palavra que nenhum dos dois ousava dizer estivesse pairando no ar.
Não precisei falar, ela também sabia.
Christine respirou fundo, encostando a testa na no meu peito _Ele olhou para mim, Enzo… e eu senti… senti que não me conhecia. -A voz dela quebrou no meio da frase.
Fechei os olhos, sentindo um nó na garganta
Eu queria negar, queria inventar uma desculpa qualquer para que ela tivesse esperanças de que aquilo é só um leve susto, mas não dava
Eu sabia que era porque o fim se a