minha voz falhou, mas minhas mãos sabiam o que fazer, peguei a seringa, pedi acesso, gritei ordens que nem lembro direito e o barulho das máquinas sumiu, só o som da respiração falha dela ecoava nos meus ouvidos.
Enquanto aplicava a medicação, uma lágrima escorreu.
Eu não chorei quando Christine terminou comigo, não chorei quando aceitei me casar com Sandra mas ali, vendo a mulher que eu amava lutando contra a morte, eu desabei.
O tempo se esticou até que finalmente o peito dela se ergueu de novo e os os olhos se abriram devagar
Christine despertou com calma, mas não com ternura, seus olhos se abriram como os de alguém Indiferente, quase fria, agradeceu o cuidado apenas com a presença serena.
Pediu alta, como quem não queria permanecer sob nenhum olhar de piedade e apenas observei, sentindo a distância crescer.
Quando pediu meu celular, entreguei sem pensar.
Ela digitou, escreveu algo que não sei e a vi se afastar minutos depois, andando devagar pelo corredor, como se