87. Ecos da Batalha
O cheiro de fumaça e terra queimada ainda pairava pesado no ar, mesmo após a criatura ter desaparecido, tragada pela fenda que agora não passava de uma cicatriz silenciosa no chão rochoso.
O silêncio que restou não era de alívio, mas denso, saturado por tudo o que acabáramos de enfrentar.
Eu me mantive ajoelhada, tentando regular a respiração, mas as mãos ainda tremiam. Noctis continuava ao meu lado, uma mão apertando meu ombro com força, como se temesse que eu pudesse desabar a qualquer instante.
Quando ergui o olhar, vi Leriam sentado sobre uma pedra, o rosto pálido e coberto de fuligem. O braço esquerdo pendia inutilmente ao lado do corpo, e cada vez que respirava, parecia conter um gemido de dor. Altharis estava a poucos metros, de joelhos, apoiando-se na espada cravada no chão, as asas desgrenhadas e manchadas de sangue seco.
O colar no meu peito finalmente silenciara. Agora, er