O monstro rugiu, um som que não parecia deste mundo, fazendo o chão estremecer sob nossos pés. Tentáculos cobertos de uma substância viscosa avançaram de todas as direções.

Minha mão correu instintivamente ao arco, enquanto o colar em meu peito latejava como um segundo coração, pulsando em perfeita sincronia com meu próprio medo… e minha coragem.

— Kaelara, pelas laterais! — gritou Noctis, erguendo a espada para cortar um dos tentáculos que se lançava sobre nós.

Dei um salto ágil para o lado, girei sobre os calcanhares e, em um movimento fluido, saquei uma flecha da aljava e a encaixei na corda.

Respirei fundo… e disparei.

A flecha voou certeira, envolta numa tênue luz dourada, cravando-se num dos olhos da criatura, que se retraiu com um urro gutural, recuando parte do corpo.