71. Vozes antigas .
Eu estava alerta. Não conseguiria repousar mais, não depois do que aconteceu. Pedi licença ao príncipe com um breve aceno de cabeça e fui até meu quarto, com passos rápidos pelos corredores ainda silenciosos.
Enquanto me trocava, sentia a adrenalina ainda percorrendo minhas veias como um lembrete constante: as sombras estavam mais próximas do que nunca. Escolhi roupas leves de viagem — calças firmes, túnica reforçada e minhas botas de couro. Prendi o cabelo em uma trança alta, prática, e ajeitei o colar em torno do pescoço, sentindo seu pulsar ainda quente contra minha pele.
Assim que saí do quarto, dei de cara com meu pai.
Altair caminhava pelo corredor com o semblante preocupado, como se pressentisse algo antes mesmo de ouvir. Parou ao me ver e, sem perder tempo, fui direto ao ponto.
— Pai… tivemos um ataque esta noite. Uma das criaturas apareceu nos jardins do