58. De volta à estrada.
• A caminho do templo de Ruyven.
O sol da manhã tingia os telhados da vila de um dourado suave quando retornamos à casa onde havíamos passado a noite. As sombras que nos atacaram haviam sumido sem deixar rastros, mas a memória ainda pesava sobre nós — e sobre a vila também, mesmo que seus moradores não soubessem.
Eiran nos esperava do lado de fora, com os braços cruzados e uma expressão serena, mas cansada.
— Vão mesmo partir tão cedo? — perguntou ele, inclinando levemente a cabeça.
— Sim — respondi, ajeitando a alça da minha bolsa. — Não podemos perder mais tempo. Malheera nos deu respostas… e mais perguntas. Precisamos continuar.
Ele assentiu, depois olhou para Noctis e estendeu a mão.
— Cuidem-se. E… obrigado por protegerem esta vila. Mesmo que poucos tenham notado, foi importante.
Noctis apertou a mão do homem em silêncio, apenas inclinando levemente a cabeça. Depois nos despedimos dos outros, de forma breve e simples. Não sou boa com despedidas longas. Sempre soam co