43. O que os mais antigos escondem.
Altair caminhava pelos corredores de mármore do Palácio Solar, cada passo ressoando nas paredes como um eco vazio. A alvorada já havia rompido completamente, derramando luz dourada pelas altas janelas envidraçadas, mas o brilho parecia frio ali dentro — pálido, distante.
Dois guardas postados diante da Sala do Espelho barraram sua passagem. O mais alto, um humano de armadura dourada, cruzou a alabarda na frente do caminho de Altair.
— Sua Majestade não pode recebê-lo agora — disse ele, a voz firme, quase impessoal.
Altair cerrou os dentes
— Diga a ela que se trata de uma questão urgente — insistiu, tentando controlar a irritação que fervia em seu peito.
O guarda apenas o fitou com expressão vazia.
— Ordem direta — respondeu.
Sentindo-se desamparado e furioso, Altair deu meia-volta, suas botas golpeando o chão com força. A rainha sabia que ele viria. Sabia que procurava respostas — e mesmo assim o rejeitava como se fosse um súdito qualquer, insignificante diante de seus pr