Na manhã seguinte, o sol mal havia despontado no horizonte quando decidi sair.

Precisava de ar, de espaço, de algo que me fizesse esquecer — ou ao menos organizar — os pensamentos que giravam sem parar na minha cabeça.

Vesti uma túnica simples de algodão cinzento, prendi meus cabelos em uma trança prática, e deixei o quarto com passos silenciosos. Evitei as alas principais do castelo, onde os criados começavam a movimentar-se, e segui para a área de treinamento de Heits.

A arena era ampla, um círculo de terra batida cercado por arquibancadas de pedra e pequenos pavilhões onde descansavam armas de treino. As muralhas ao redor lançavam longas sombras sobre o chão ainda úmido do orvalho da manhã.

Algumas poucas pessoas já estavam ali — elfos, humanos, até mesmo alguns anões. Todos pareciam focados em seus próprios exercícios, embora olhares curiosos e indiferentes recaíssem sobre mim à medida que eu avançava para o centro.

Senti o peso desses olhares, mas ergui o queixo e continuei.