Capítulo 25.

JÚLIA MONTENEGRO NARRANDO:

A campainha tocou cedo, muito mais cedo do que qualquer um deveria tocar uma campainha. Meu corpo ainda estava mole de sono, os olhos grudados e a cabeça pesada. Me enrolei no primeiro roupão que vi pendurado atrás da porta, desci as escadas tentando entender quem teria coragem de incomodar uma casa às sete da manhã de uma quarta-feira.

Foi só chegar na cozinha que o cheiro de café fresco invadiu meu nariz. Estranhei. Minha mãe, mesmo doente, parecia sempre arranjar forças para levantar antes de mim. Lá estava ela, magrinha e pálida, segurando algo grande, envolto num plástico transparente. Ela sorriu, mas um cansaço evidente pendia embaixo dos olhos.

— Júlia, entregaram isso pra você — ela disse, estendendo o embrulho como se fosse uma coisa sagrada.

Franzi o cenho, caminhei até ela e peguei o pacote. Na etiqueta, o nome da boutique mais cara da cidade. Abri a capa com cuidado e quase deixei o coração cair no chão.

— Cinco mil dólares? — minha voz saiu em u
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