JULIA MONTENEGRO NARRANDO:

O olhar dele me queimava. Era desejo puro, cru, sem disfarce. Ele me devorava com os olhos, como se estivesse me despindo ali mesmo, como se já soubesse cada detalhe do meu corpo. O volume marcado na cueca dele não deixava espaço pra dúvida — ele me queria. E eu queria mais ainda.

O clima era tão carregado de tensão que o ar parecia mais denso. A cada passo dele em minha direção, minha pele arrepiava. Quando me puxou com firmeza pela cintura, senti seu pau duro pressionando meu ventre, me arrancando um gemido baixo. Ele colou a boca no meu pescoço, quente, faminta, e falou com a voz rouca no meu ouvido:

— Você é uma delícia. — As palavras vieram junto com um beijo molhado que me fez perder o chão.

— Eu te quero dentro de mim. Agora. — Soltei contra os lábios dele, sem vergonha, sem pudor, só com a vontade pulsando mais alto que tudo.

Ele rosnou de desejo e me apertou mais forte, como se quisesse fundir nossos corpos ali mesmo. Me roçou com força,