Mas primeiro, Charles tinha coisas que discutir com Daniel. O patriarca Crusher fazia tempo que se havia retirado do mundo dos negócios, passando a responsabilidade a Daniel; isso não significava que estivesse afastado da sua empresa. Permanecia a rondar de vez em quando, pronto para atuar; como o havia feito aquela vez em que alguns sócios os haviam abandonado instigados por Reed.
De vez em quando recebia relatórios e listas intermináveis de contabilidade. Matava o tempo assim: a entreter-se a ler números. Mas um dos balanços lhe chamou poderosamente a atenção: havia uma conta bancária que não pertencia a nenhum gasto oficial da empresa, nem para fornecedores, nem para clientes. A nome de uma mulher, onde quinzenalmente se depositava uma soma importante, e as transferências as assinava Daniel mesmo.
Quiçá um pouco alterado pela situação do seu filho menor, talvez a recordar os erros do maior, se inquietou a tal grau que lhe pediu um almoço para discutir «coisas relevantes». E, por su