Marcelo
A fuga da polícia me deixou em uma situação ainda pior. Maldito Kairós! Aquele verme ainda pagaria caro por ter se metido na minha vida. E Lia... aquela vadia interesseira também iria sentir a minha fúria. Denunciar-me? Ela iria se arrepender amargamente.
Roubei um carro estacionado na rua escura e dirigi em alta velocidade para a cidade vizinha. Precisava de um esconderijo seguro e de um plano sólido para voltar e recuperar o que era meu por direito: minha família. Lia pagaria um preço altíssimo por sua traição.
— O senhor parece familiar — disse uma voz feminina assim que parei em um posto de gasolina isolado para abastecer. A noite já havia caído, e o local estava deserto, iluminado apenas pelas luzes fluorescentes.
A mulher, com um olhar curioso e desconfiado, me encarava enquanto eu abria o tanque.
— Ah, lembrei! Você é aquele homem que bateu na mulher grávida e agora está foragido, não é? O que está fazendo aqui? — ela continuou, a voz agora carregada de reconhecimento e