Lia Perroni
Abracei Esmel forte em meus braços, com medo de que tudo não fosse apenas um sonho, de que ela desaparecesse se eu a soltasse. Meu coração batia como um tambor.
— Mamãe, pode me soltar? Está me apertando! — ela disse, a voz abafada.
Eu a soltei, dando um sorriso sem jeito.
— Desculpa, meu amor. É que estou tão feliz! Finalmente te tenho de volta em meus braços. Obrigada por ficar, por fazer parte da minha vida
— eu disse, sentindo as lágrimas escorrerem novamente.
— Também quelo abraço! — Eva disse, toda felizinha, vindo correndo ao nosso encontro.
Sorri e abri os braços para abraçá-la também.
Esmel se juntou ao abraço, apertando a irmãzinha.
— Oba! — Eva gritou, arrancando risadas de todos nós. Era um som que parecia curar as feridas do meu peito.
— Ei, pessoal, por quanto tempo mais vão ficar aí sentados no chão? — meu ex-sogro, pai do pai da Esmel, perguntou, e só então me dei conta de que ainda estávamos no chão do aeroporto, chorando horrores.
Sem jeito, me levantei