O Hotel Brown é o troféu que preciso para impressionar meu avô, Ronaldo. Comprar o hotel é minha missão, mas cada dia aqui, perto de Olivia, faz essa meta parecer mais pesada.
Caminho pelo hall, o letreiro do Hotel Brown brilhando lá fora através da neve que cai. Os funcionários atrás do balcão cochicham, seus olhares furtivos me seguindo enquanto passo. Não vejo mais ninguém, o espaço parece vazio, mas a tensão no ar é palpável, como se o próprio hotel carregasse segredos que eu não entendo. A fofoca na revista, que estourou há dois dias, ainda pesa: “Casamento Falso? Noah Carter e Olivia Brown Dormem Separados!”. A manchete está em todas as bancas, e imagino Olivia lendo, sozinha, a humilhação pública cortando fundo. Quero ligar para ela, explicar que minha saída da suíte não foi rejeição, mas medo — medo do que sinto por ela, do que pode comprometer o que eu mais desejo no mundo que é a cadeira de CEO.
Saio do hotel, o frio da neve mordendo meu rosto enquanto entro no carro. Dirijo