Olivia
O hall do Hotel Brown estava silencioso naquela manhã, o único som era o leve crepitar das luzes da árvore de Natal, que brilhavam como estrelas contra o mármore polido. Eu parei diante dela, o cheiro de pinho invadindo meus sentidos, trazendo uma dor que eu não conseguia conter. Dois dias atrás, quando vi que a montaram sem mim, uma tradição que sempre foi minha, chorei na frente de Noah. “Eles montaram sem mim,” murmurei, as lágrimas escorrendo enquanto eu tentava me segurar. A dor não era só pela árvore, mas pelo que ela representava — um pedaço do meu passado, do meu lar, que parecia escorregar entre meus dedos. Noah tentou me consolar, seus braços me envolvendo, mas o conforto virou um beijo, e o beijo virou uma noite que ainda queimava na minha pele. Mas na manhã seguinte, ele me deixou. “Preciso de outro quarto,” ele disse, a voz fria, os olhos desviando dos meus. A mágoa ainda pulsava em mim, como uma ferida que se recusava a fechar, e agora, parada diante da árvore,