Olívia
No carro, Noah não falou comigo, o silêncio entre nós tão denso quanto a neve que começava a cair lá fora, os flocos brilhando sob os faróis. Faltavam poucos dias para o Natal, e sorri com amargura ao lembrar que, um ano atrás, eu sonhava em ser a esposa de Noah Carter, imaginando um conto de fadas. Agora, meu sonho era um pesadelo, preso a um homem que me tratava como uma peça em seu jogo. As luzes da mansão do avô de Noah apareceram à distância, como um vilarejo encantado, as janelas brilhando com guirlandas e ornamentos natalinos, a neve cobrindo o gramado como um tapete de contos de fadas. — Cresceu passando o Natal assim? — Perguntei, incapaz de esconder o encantamento na voz.
Noah me olhou de lado, o rosto fechado. — Não se engane, tudo faz parte da encenação família feliz que meu avó inventou após a morte do meu pai. — A amargura em sua voz me surpreendeu, e por um momento, vi um vislumbre do peso que ele carregava, algo além da rivalidade com Nicholas.
Ele parou o carr