Olivia
Esperei até as 6h, quando Maya chegaria ao trabalho. Desci até o vestiário dos funcionários, o corredor frio do hotel contrastando com o calor opressivo da suíte. O ar cheirava a produtos de limpeza e café fresco, um lembrete amargo da minha vida como camareira, uma vida que eu tentava deixar para trás, mas que ainda me definia. Alguns colegas me cumprimentaram, seus sorrisos forçados, os olhos desviando como se temessem fazer perguntas. Senti-me uma intrusa, mesmo ali, onde passei anos dobrando lençóis e esfregando pisos. Quando Maya entrou, seu casaco azul desbotado pendurado no ombro, respirei aliviada. Ela sorriu, os olhos castanhos brilhando com curiosidade e carinho.
— O que aconteceu depois que subiram? — Ela perguntou, a voz cheia de expectativa, como se esperasse uma história de amor.
— A mãe do Noah me ofendeu, e ele me defendeu. — Respondi, e Maya sorriu, surpresa, inclinando a cabeça como se tentasse imaginar a cena.
— Como isso aconteceu? — Ela perguntou, e olhei ao