O álcool é uma espécie de escape, uma forma de desabafar seus sentimentos, e aqueles desejos que estão reprimidos no mais profundo, vêm à tona com uma bebedeira. Ou seja, seja lá o que tenha acontecido ontem à noite, provavelmente eu mesma provoquei.
Mal acordando posso perceber um par de coisas. Uma delas é que não amanhecei no meu apartamento, e a outra que a dor de cabeça vai me matar. Para meu azar, baixo minha cabeça para constatar que estou nua debaixo deste lençol branco.
Sento-me na cama com dificuldade, esfregando minha testa dolorida. Abraço minhas pernas para encontrar um ponto de equilíbrio de tão tonta que ainda estou. É quando meus olhos sonolentos percorrem o lugar onde estou, parece um quarto de hotel, e que ontem houve um desastre aqui pelas roupas no chão.
Posso avistar meu uniforme amassado em um canto, e uma calça preta com uma camisa com a mesma cor que Luciano usava ontem à noite.
Luciano.
Meus olhos se abrem completamente e sinto a presença de alguém ao meu lado