A ausência naquela noite, a falta de sexo, o colar e agora a oferta de um capital considerável para abrir minha própria empresa, deixam tudo bem claro para mim. Muito claro. Luciano não foi abduzido ou clonado na sexta-feira, já sei o que ele fez.
— Com quem você transou, Luciano Brown? — acuso com uma voz de ultratumba.
Ele se surpreende com minha pergunta, embora não consiga disfarçar o nervosismo que provoquei nele.
— Com ninguém... Não sei por que está me acusando disso...
— Diz que com ninguém? — comento com um sorriso.
O sorriso é perfeito para arremessar no peito dele a caixa com seu colar. Ele tem bons reflexos e a agarra no ar antes que o atinja. Eu elogiaria seus reflexos, mas a raiva me domina.
— Não podia jogar um objeto de menor valor? Não é para me gabar, mas tenha cuidado com as joias que vou te dar daqui para frente. Não gosto de dar bugigangas.
— Você é um idiota e eu não fico atrás. Também sou uma idiota por acreditar que respeitaria nosso acordo — me levanto e me dir