Tori - Capítulo 57

Saí de casa com o coração batendo de um jeito estranho. Não era algo que eu tivesse obrigação de fazer, mas cresci com a ideia de que, quando alguém está vulnerável, a gente pelo menos bate na porta. Mesmo que essa pessoa seja alguém que me deixa insegura sem nem tentar. Passei na floricultura primeiro; escolhi um buquê que parecia ter sido montado por alguém que acredita em finais felizes: lírios brancos, rosas champagne, folhagens macias, um perfume leve que não enjoava. Depois comprei a caixa dos suplementos que eu vinha tomando — irônico até demais. Mas eu precisava fazer isso direito, precisava ir com o coração limpo.

O hospital tinha aquele cheiro desinfetado que sempre me faz lembrar que o corpo humano é frágil demais. Subi de elevador apertando o arranjo contra o peito, como se aquilo fosse me dar coragem. Quando cheguei na porta do quarto, vi Jenna sentada na poltrona, com um novelo de lã no colo e duas agulhas na mão, encarando o tricô como quem encara um enigma impossí
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