Capítulo 70
Lucile

Uma semana depois do meu casamento, o mundo desabou.

Minha mãe se foi.

Eu estava ao lado dela quando o último suspiro escapou de seus lábios, suave como uma brisa, mas devastador como uma tempestade dentro de mim. Apertei sua mão até o fim, e quando o monitor parou de marcar a vida que restava, senti meu corpo despencar junto. Chorei com uma dor que nenhuma palavra poderia explicar. Ainda assim, lá no fundo, havia uma estranha serenidade: eu sabia que ela tinha lutado bravamente, com cada fibra do corpo, e que havia permanecido firme apenas para me ver casar. Ela cumpriu a promessa de estar ao meu lado naquele dia.

O funeral foi como ela desejou: lírios brancos cercavam o caixão, espalhando um perfume delicado que parecia transformar a despedida em algo mais leve, quase etéreo. Minha mãe dizia que os lírios traziam paz, e naquele instante, tudo o que eu queria era acreditar que ela partia envolvida por essa paz.

O lugar estava cheio. Amigos dela, vizinhos, colega
EllenRoza

Esse capítulo foi um dos mais sensíveis que escrevi. A dor de perder alguém que amamos é uma daquelas que não desaparece, apenas muda de forma com o tempo. Sei que talvez você, leitor(a), tenha passado por isso — recentemente ou há mais tempo — e que, ainda assim, a simples lembrança pode doer como se tivesse sido ontem. Quero que saiba que a sua dor é válida. Que a saudade é uma prova do amor que nunca morre. E que não existe jeito “certo” de lidar com a ausência; cada um encontra sua forma, no seu tempo. Se você está vivendo esse luto, eu desejo que este capítulo traga um pouco de consolo. Meus sinceros sentimentos. Com carinho, Ellen Roza

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