A campainha soou no fim da tarde, quebrando a calma artificial que eu tentava manter na cafeteria. Eu estava debruçada sobre alguns papéis da faculdade, tentando me distrair, quando o entregador apareceu na porta com um envelope pardo.
— Para a senhorita Lucile Granger. — Ele estendeu a prancheta.
Assinei apressada, intrigada. Não esperava nada. E, quando vi o remetente, meu coração falhou uma batida:
Russell Hardy Spencer.
Não havia recado, nem bilhete, nem sequer uma ligação anterior. Apenas a entrega.
Levei o envelope para a mesa e, com dedos trêmulos, abri. Dentro, o contrato. O maldito contrato que eu havia dito que assinaria.
Respirei fundo e comecei a ler. O papel estava impecável, cláusulas redigidas de maneira formal e calculada. Mas, quando meus olhos alcançaram o final, percebi a mudança:
“Regra adicional: É vedado ao contratante beijar ou tocar a contratada durante o período de vigência do contrato.”
A caneta escorregou da minha mão. Meu peito se aper