Gabriela Carvalho
Dou um mergulho no mar, e as ondas me levam de volta à areia. Meu biquíni preto está colado ao corpo, e percebo os olhos de Cadu em cada milímetro do meu corpo. Não sabia que eles também viriam à praia nesse horário hoje.
Cadu sorri, um pouco surpreso ao me ver. Ele se aproxima, passando a mão pelo cabelo, tentando disfarçar o quanto estava babando.
— Oi, Docinho! Que bom te ver por aqui! — diz ele, com um brilho nos olhos.
Eu sinto meu coração acelerar. A areia quente sob meus pés me faz sair do transe, nos olhos são como imãs atraídos um para o outro.
— Oi, Cadu! Eu... eu só vim dar uma refrescada no calor! — respondo, tentando manter a calma.
Enquanto isso, Maria Clara aparece ao meu lado, percebendo a tensão no ar. Ela dá um empurrão amigável em mim e sorri para Cadu.
— Olá irmãozinho! Veio dar aula de surf pra garotada hoje.
Cadu continua deslizando o olhar em cada parte exposta do meu corpo, sem prestar atenção no que sua irmã fala. O desejo é