Gabriela Carvalho Eu estava sentada à mesa, olhando para a tela em branco do meu computador. O prazo para entregar o livro estava se aproximando rapidamente, e eu ainda não tinha conseguido escrever uma única linha que me satisfizesse. A semanas que meu cérebro parecia ter sido atingido por um apagão, não sabia mais o que fazer, nem como continuar a história. Suspirei profundamente, sentindo o peso do calendário. Aquele ponto piscando na tela do meu computador parecia zombar de mim, refletindo a minha falta de criatividade. Eu havia tentado de tudo: mudar de ambiente, ouvir música, fazer exercícios, até visitar minha sobrinha que amo de paixão, mas nada parecia funcionar. Meu cérebro estava vazio, e eu comecei a duvidar de minhas habilidades como escritora pela primeira vez. A cobrança da Vanessa Molinari, minha chefe na editora, não ajudava em nada. Eu sabia que ela estava ansiosa para receber o manuscrito, e não podia culpá-la. Afinal, eu havia prometido entregar uma
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