Finalmente, ele adentrou ao escritório.
BAM!
Pitter escancarou a porta com força. Seu olhar varreu o ambiente, até encontrar Amara sentada tranquilamente no sofá, segurando um grosso álbum de capa vermelha.
Ao vê-la com o álbum nas mãos, a expressão inicialmente controlada de Pitter se desfez, dando lugar a uma ansiedade nítida. Até sua voz falhou ao chamá-la:
— A-Amara…
A jovem piscou, surpresa com a entrada repentina de Pitter. Ele parecia agitado, a respiração acelerada, a gravata desalinhada, os botões superiores da camisa entreabertos…
— Hã… chefe? O que… o que aconteceu com você?
Sem responder, Pitter caminhou em sua direção com os olhos fixos no álbum. Amara rapidamente tentou se explicar:
— Ah! Me desculpe! Eu vi aqui sobre a mesa… e achei que não fosse nada confidencial… então… só folheei um pouco…
Ela colocou o álbum de volta com pressa, como se ele estivesse quente demais para ser tocado.
— Amara — disse ele, a voz tensa —, foi minha mãe quem pediu para colocarem isso aqui.