O velho mestre ainda tentava manter a compostura, protegendo sua imagem pública, mas Madalena Kléo já havia perdido qualquer vestígio de paciência. Olhou, nervosa, na direção do esposo, que observava o neto com um telescópio em mãos.
— Marido, consegue ver direito ou não? O que está acontecendo com o Théo? As outras crianças já entraram na sala... Por que o nosso Théo ainda está parado?
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou Kléo, preocupada.
O velho ancião permaneceu observando por mais alguns segundos e, por fim, virou-se para responder:
— O pequeno neto está claramente passando por algum tipo de crise emocional. Acabei de vê-lo escrever que não quer mais ir à escola. Pitter tentou convencê-lo, mas ele se recusou a ceder...
A expressão do velho mestre se alterou de imediato, após a explicação.
— Está vendo? Eu sabia! As palavras de uma mulher nunca duram muito. No fim das contas, o menino ainda se recusa a estudar!
— Mas... o que faremos agora? Ele estava tão bem ontem à noite. Hoje