Annie pigarreou levemente e, com um tom visivelmente desconfortável, murmurou:
— bom, o chefe... ele... alguns dias atrás, no meio da noite... ele se sentou no convés...
— Sentou no convés pra quê, Annie? Consegue dizer de uma vez? Você tá me deixando ansiosa! — disparou Amara, à beira de um colapso de curiosidade.
— Ele ficou lá a noite toda... e escreveu uma carta de amor! — Annie deixou escapar num só fôlego.
Ela nem precisava imaginar o que acontecia do outro lado da linha: o rosto de Amara provavelmente estava tão vermelho quanto um tomate maduro.
Amara bufou, frustrada:
— Sério? Eu achei que você ia me contar alguma coisa realmente grave! E você aí, toda enrolada, só pra dizer isso?
Annie murmurou baixinho:
— Linda Amara... a carta de amor foi pra você, não foi?
Amara hesitou por um instante.
— Mmm...
Annie escolheu bem as palavras antes de prosseguir, como se estivesse pisando em ovos:
— O chefe... bem... a habilidade dele com palavras precisa de alguns ajustes. O baralho intei