Nick descobriu naquele dia que gostava de coisas pequenas, coisas tão simples que nunca tinha notado até aquele dia, o sorriso de Zuri ao se olhar no espelho segurando a boneca que tinha ganhado da avó, o olhar carinhoso e atento de Olíe enquanto colocava a mão no pote de creme e passava no cabelinho da filha mecha por mecha com o cuidado de um artista tocando sua obra-prima.
— Paciência, mulheres são demoradas.
Falou achando que o filho ainda estava sentado onde o colocou, mas quando se virou para a poltrona e não viu o garotinho, foi como se um alarme soasse em sua mente. Saiu apressado e quando chegou a cozinha Arjun tinha puxado uma cadeira e tentava se equilibrar sobre ela com os pezinhos pequenos e o braço esticado para alcançar um pote de mel.
A bancada de mármore preto onde estavam os doces também abrigava o cooktop com uma panela de óleo que emanava um cheiro adocicado e o calor formava uma nuvem como um aviso de perigo que Arjun nem imaginava existir.
Em uma mão o garotinho