Pensou, tudo, não falou nada.
O que mais pedia em silêncio era...
Não deixa isso acabar! Se ela pudesse ficar, se a música não terminasse, se o fim não existisse.
Quem sabe alguém como ele poderia merecer aquele amor.
Ambos estavam perdidos em um espaço onde a realidade se misturava ao que poderia ter sido.
Eram juntos o tipo de casal imperfeito que não compõe contos de fadas, ela uma menina cheia de marcas, ele um homem destruído e reconstruído em pedra.
Podiam sentir o amor que emanava um do outro, não enxergavam nada além disso, se esqueceram que eram os padrinhos, que Dállia deveria ter ajudado a noiva a trocar o vestido.
Mas eles sabiam, por mais que a dança fosse mágica, aquilo não era o suficiente para fazer o tempo parar.
E, quando a última nota da música tocou, Dállia se afastou sentindo seu coração apertar.
A noite não poderia durar para sempre, e a despedida se aproximava como um caçador implacável que não vê nada além do alvo.
Dállia deitou a cabeça no peito dele, assim, s