12

Aurora

A batida na porta foi tão brusca que dei um pulo da cama, achando que a máfia inteira tinha invadido a casa.

— Veste alguma coisa, vamos sair. — ouvi a voz grossa do Giovanni do outro lado.

Eu pisquei, completamente confusa.

Vestir...? Sair...?

Ainda estava de pijama — uma calça de flanela com estampa de vaquinhas e uma camiseta velha do Mickey — nada exatamente glamouroso.

— Sair pra onde?! — gritei de volta, sem me mexer.

— Ver meu filho. — ele respondeu como se estivesse dizendo que íamos no mercado comprar pão.

Eu franzi a testa, encarando a porta como se ela fosse explodir a qualquer momento.

Ver o filho dele.

Eu... Ele...

Ahn?

O que ele queria dizer com aquilo?

O bebê nem tinha nascido! Era tipo... do tamanho de um feijãozinho ainda, não era?

Será que ele tinha comprado um microscópio? Ia me fazer engolir uma câmera?

Estava começando a imaginar teorias cada vez mais absurdas quando a porta se abriu sem cerimônia.

— Vem logo, Aurora. — Giovanni falou, já enfiando a cabeça
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