O amanhecer em Montevino trouxe consigo um silêncio inquietante. Não era o silêncio habitual das manhãs douradas da Toscana; havia um ar pesado, como se a própria cidade pressentisse que algo estava prestes a acontecer. Victor sentiu uma pontada de preocupação enquanto caminhava até a vinícola, percebendo que os ventos haviam mudado durante a noite, e a previsão indicava uma tempestade forte e inesperada.
Ao chegar, percebeu que algumas parreiras estavam danificadas, sinais de que o vento da madrugada já havia feito estragos. Ferramentas estavam espalhadas, pequenas estruturas de madeira danificadas, e a irrigação parcialmente comprometida. Victor sentiu o peso da responsabilidade sobre os ombros — a vinícola ainda estava se consolidando, e cada problema podia comprometer meses de trabalho e planejamento.
Isabella já estava lá, verificando os danos com atenção. O olhar dela, normalmente sereno, estava agora carregado de preocupação.
— “Victor… precisamos agir rápido. Se não corrigirmo